-Havia uma cobra que um bom tempo perseguia o pobre vagalume, quanto mais voava o vagalume mais a cobra se aproximava, e o vagalume se dando por perdido parou, olhou fixamente para a cobra e exclamou, revoltado:
_Dona cobra por que é que a senhora me persegue tanto, eu não aguento mais à dias que corro da senhora e me persegue onde eu vou, não sou nem da sua cadeia alimentar e mesmo assim você quer ver meu fim, por quê? por que tanto vem atraz de mim?
A cobra decepcionada olha para o vagalume e responde:
_É que você brilha, brilha tanto que está me encomodando, este seu brilho ofusca o meu, não sou notada quando está perto de mim, todos olham para você.
E hoje mais do que todos os dias aprendi, que na minha vida houve e haverão muitas cobras na qual se sentirão com o brilho apagado, pelo qual eu com o meu, sem nem ao menos notar estarei tirando o brilho delas. Enquanto houverem cobras ao meu lado, saberei que estarei brilhando cada vez mais.
''Ninguém inveja o pobre e o feio''.
Tudo que preciso é agredeçer ao meu pai lá de cima por me dar até os obstáculos, afinal ninguém viverá nada do que é para eu viver, o que tiver de ser meu será hoje, ou amanhã quem sabe?
Nada nem ninguém tira o que é para ser meu.
Verei sempre aquele vagalume na qual sempre brilhará, mesmo nas dificuldades e com tantas cobras me perseguindo.
